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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Impossível de ficar indiferente - Barcelona vs Real Madrid

http://www.maisfutebol.iol.pt/espanha/barcelona-real-madrid-espanha-classico/1213791-1486.html

90 minutos de pura classe do Barcelona; 90 minutos de puro hino ao futebol ofensivo, vistoso, alegre, tacticamente perfeito, uma sinfonia ao futebol que atrai espectadores aos estádios. Se me perguntassem quem destacar, difícil seria destacar nomes, mas entre aquela constelação de onze estrelas, a maioria delas campeãs do mundo pela Espanha, destaco:

Xavi - um golo, mas sobretudo, a arte de bem passar, curto e simples, directo e fácil, rápido na sua genialidade e na maneira como é um dos pilotos pensantes daquele meio-campo de baixinhos que magia nos pés;

Iniesta - não marcou, mas o que importa. Sem palavras para a perfeição do seu jogo, afinal apenas mais um entre tantos. Pessoalmente (e que me perdoe o Xavi), ele é, efectivamente, o patrão do meio-campo blaugrana, o maestro do "tika-taka". Tudo gira à volta dos seus pés, toda a máquina destruidora ofensiva é desenhada a regra e esquadro pela sua visão de jogo. No fundo, o melhor organizador de jogo a actuar nos relvados mundiais;

Messi - uma bola ao poste, duas assistências mortíferas para golo, várias correrias diabólicas a semear o terror na defensiva blanca. Exibição de luxo, sempre uns furos acima do colectivo, mas participando na força esmagadora do colectivo que oprimiu por completo a segurança defensiva demonstrada pelo Real Madrid de Mourinho até ao jogo de hoje. No duelo particular com Cristiano Ronaldo, sem sombra de dúvidas, levou a melhor e se algo tinha a provar como melhor do mundo, já nada mais tem a provar.

Numa ideia táctica se resume esta humilhação catalã sobre os castelhanos de Madrid: pressão alta, frenética, constante, sempre fiel à sua própria imagem. Este Barcelona, nos seus melhores dias, asfixia, prende, estrangula, não deixa jogar, não deixa respirar, é um autêntico rolo compressor. Para além de uma vitória, de três pontos, consegue 5 golos de vantagem no confronto directo com o Real Madrid, num hipotético caso de igualdade pontual. Como o povo tanto gosta de dizer, não foram três pontos os ganhos hoje no Camp Nou, foram seis e uma afirmação colectiva de superioridade táctica.

Eis a pergunta dos próximos dias: como é que Mourinho irá descalçar esta bota e recuperar o Real Madrid pré-Camp Nou?

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 90: golo de Jeffren!

Não será isto apenas e só bater no ceguinho?

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 70: a humilhação blaugrana ganha contornos imemoriais, posse de bola contínua, com calcanhares e passes acrobáticos.

Esta é a imagem do clássico: Barcelona a trocar a bola e os jogadores do Real a correram atrás dela, literalmente, sem nexo e sem ordem táctica. Tal é o domínio.

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Posse de bola blaugrana numa única palavra

Mágico

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Cinco minutos após o vendaval de dois golos seguidos.

Camp Nou em delírio, arrepiante visto pela televisão. Mourinho sentado no banco de suplentes, sem reacção, simplesmente observando o passeio belo de festival ofensivo oferecido pelo Barcelona.

Uma imagem vale mil palavras: Arbeloa para o lugar de Marcelo

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 57: Barcelona não perdoa, segunda assistência de Messi e segundo golo de David Villa!

Comentadores da Skysports: "humilliation for Mourinho and his troops"

Palavras para quê...

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 54: Golo de David Villa, num passe soberbo, magistral, simples de Lionel Messi(uma bola ao poste e um assistência, incomparavelmente melhor que o inconsequente Cristiano Ronaldo). Tudo começa num mau passe de Marcelo e numa rápida transição. E eis, uma finalização seca e eficaz de Villa.

Comentadores da SkySports: "it's game over"

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 51: grande jogada de Messi, passe magistral para a desmarcação de Xavi; defesa brilhante de Casillas e Xavi, na recarga, atira às malhas laterais.

Assim começa a segunda parte, o Barça mais perto do terceiro que o Real do primeiro. Lass Diarra, se o objectivo é estancar a sangria do meio campo blanco, então ainda não conseguiu.

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Saíu Mezut Ozil e entrou Lassana Diarra. Substituição curiosa, reforço do músculo no meio-campo.

À primeira vista é uma mudança defensiva, parece um remake à la Mourinho, das escolhas de Queiroz no Mundial contra a Espanha. Terá o mesmo resultado?

Barcelona vs Real Madrid [2ª Parte]

Minuto 47, imagem de todo o jogo: perda de bola no meio campo defensivo fruto da pressão alta do meio-campo blaugrana e jogada de perigo pelos pés de Messi.

E assim começa a segunda parte...

Barcelona vs Real Madrid

Pergunta para esta segunda parte...

Haverá goleada ou Mourinho irá tirar o coelho da cartola?

Barcelona 2-0 Real Madrid



Pedro, aos 18 minutos. Em 20 minutos, a máquina ofensiva de Guardiola faz os seus estragos. E agora, Mourinho?

Barcelona 1-0 Real Madrid



Xavi, aos 10 minutos de jogo. Mais um exemplo da perfeição ofensiva blaugrana

Barcelona vs Real Madrid

Final da primeira parte em Camp Nou.

Uma simples análise: Barcelona domina totalmente, sem qualquer tipo de contestação. Guardiola, para já, leva a melhor

Set The Fire To The Third Bar - Snow Patrol




Depois de um fim-de-semana sem tréguas e para descansar de passeios contínuos de egos pessoais e partidários, um momento de inspiração

quarta-feira, 24 de novembro de 2010




Finalmente, chegado o Gran Turismo 5! Agora é arranjar dinheiro para o comprar e, depois, arranjar tempo para um vício sem parar!

Sindicatos e greves: a história da falência de um País

Não importa discutir se os números de adesão à greve são esta ou aquela percentagem, discute-se o sexo dos anjos sem que haja algum resultado prático que consiga trazer soluções para os problemas do país. A greve, sendo um direito constitucionalmente garantido e protegido, é um mecanismo de defesa dos direitos dos trabalhadores que deve, acima de tudo, ser respeitado e nunca abolido. Não obstante a importância da sua existência, deve sempre ser discutido o seu mérito e a sua oportunidade no panoramana nacional. Atalhando caminho ao meu raciocíonio: sindicatos e greve geral, duas faces da história da falência de um modelo económico e social de um País, o nosso plantado à beira oceano. No fundo, a geração que fez o 25 de Abril, que devolveu a liberdade democrática a Portugal, é a mesma geração que defende, acerrimamente e utopicamente, os chamados "direitos adquiridos". Direitos esses defendidos como de "direitos divinos" se tratassem deixando nós, filhos e netos dessa geração, à espera que o Estado vá à falência porque não há dinheiro que suporte estas constantes violações ao nosso futuro.

Os tais "direitos adquiridos" nasceram num modelo económico e social de expansão, fruto da geração dos baby boom em que a pirâmide demográfica estava, como se espera que esteja, equilibrada em que a base é larga e o topo é fino, leia-se, taxa de fertilidade alta e envelhecimento ténue da população. Acoplado veio o emprego para toda a vida, um Estado Social omnipresente que tudo subsidia e tudo ajuda, em que as reformas são consistentes com os anos trabalhados em toda a vida, sendo uma correspondência quase perfeita. Este modelo viveu, cresceu e sobreviveu enquanto havia renovação de gerações, enquanto havia um forte crescimento económico que o alavancava. Mas, hoje em dia, esse modelo encontra-se esgotado. Os "direitos adquiridos" tornaram-se e são hoje um fardo financeiro quase insustentável que alimenta uma geração que, por mais mérito que tenha tido no derrube de um regime autoritário substituindo-o por um regime democrático mal-grado as falhas que apresenta, não consegue apresentar a humildade suficiente para reconhecer que as suas lutas são o matar do destino dos seus filhos e netos. Uma greve geral tem os seus efeitos circunscritos ao dia em que é fetia, com muita ou pouca adesão: os seus efeitos são limitadíssimos porque não resolve os problemas concretos da Nação. A massificação da greve como uma forma de combate generalizado mitiga os seus efeitos que são profícuos se feita de uma forma localizada, focando-se no combate dos problemas de dado sector. Não vai ser uma greve geral que vai melhorar as condições ou que propicia condições para discutir esse melhoramente: esta greve geral, os seus representantes máximos incorporados em actores políticos como Carvalho da Silva e João Proença, líder da CGTP e da UGT, respectivamente, apenas defende a manutenção do status quo que nos levou a esta situação, isto é, à manutenção do caduco e esgotado modelo económico e social que vigora hoje em dia em Portugal.

O dinheiro não cai do céu, mal-grado a actual CRP, por portas travessas, obrigar a que haja dinheiro para manter sistemas "tendencialmente gratuitos". Parece-me que vivemos num mundo que não tem correspondência com a realidade o que é, no limite, um insulto à inteligência da geração que hoje sai das universidades e que atravessa os primeiros anos no mercado de trabalho. Será assim tão difícil compreender aos líderes sindicais e aos líderes da dita Esquerda portuguesa que o actual modelo está esgotado? Que os seus pilares fundamentais estão erodidos e que já não funcionam no mundo de hoje? A piramide demográfica está invertida, a taxa de fertilidade está baixíssima, estamos longe do indíce ideal de 2,1 para renovação das gerações, não há crescimento económico suficiente que alimente um esquema de pirâmide da Dona Branca. Acrescente-se a isto os crónicos problemas financeiros que deixam o País à beira da falência financeira, ou seja, ter dinheiro suficiente para alimentar a ideologia que uma Constituição obriga a seguir, mas que não devia porque uma Constituição deve ser ideologicamente neutra. A defesa do modelo actual, a defesa dos "direitos adquiridos" tal como eles foram configurados, sem atender à especificidade dos problemas estruturais da economia portuguesa e sem, sequer, pensar que o mundo de 2010 é radicalmente diferente do mundo dos anos 60 do século passado; apenas e só, entre outras coisas, propicia a continuação deste estado de paz podre que não deixa que o País se liberte deste garrote apertado, desta "guerra geracional", arriscando a cometer uma heresia com esta expressão.

Sim, é verdade que o direito à greve deve ser respeitado, deve ser cumprido quando os trabalhadores sentem os seus direitos ameaçados. Mas, ao mesmo tempo, não será a defesa dos direitos dos trabalhadores, por si mesmo, uma forma perniciosa de manter o sistema vigente, quando está aos olhos vistos que está falido. Para conseguir equilíbrio, para dar mais esperança à minha geração, poderá ser preciso um retrocesso de dois passos, antes de se dar quatro em frente. É preciso perceber que o mundo está em constante mutação, que já não há emprego para a vida, que o esquema piramidal da Dona Branca que é o sistema actual de Segurança Social mais cedo ou mais tarde abre falência porque a pirâmide demográfica está ao contrário; é preciso perceber que a defesa das diatribes dos "direitos adquiridos", por mais que custe ouvir a quem os faz, é condenar a geração actual à pobreza irremediável. Os sindicatos de hoje e a Esquerda de hoje, nos moldes actuais, são os coveiros da nossa desgraça. Urge que ganhem consciência, que ganhem humildade, que pensem nos seus filhos e netos, perguntem-se a vocês próprios se o que estão a fazer é correcto. Daqui não se pode eximir de responsabilidades os partidos do lado direito do arco do poder, eles próprios têm a sua quota-parte de culpa por não terem agido quando deveriam tê-lo feito, por meros cálculos e tácticas politiqueiras serem politicamente correctos e não dizerem a verdade aos portugueses. Urge uma revolução tranquila de mentalidades, de sistema económico e social; urge que a actual geração se revolte e faça ouvir a sua voz, fazendo ver à geração que nos abriu as portas da Democracia que, eles próprios, estão a matar as conquistas que eles próprios conseguiram.

Snow Patrol - Open Your Eyes



Para relaxar e para uma despedida num "até amanhã"

Como a passagem do tempo faz maravilhas




Palavras para quê? O vídeo fala por si, em como a juventude é um tempo fantástico para se defender as posições mais incríveis, especialmente estando no meio de uma Revolução que rapidamente se transformou numa batalha ideológica. Ao menos, o tempo, neste caso em específico, "curou" o "mal" que havia dentro desta pessoa. Haja sempre esperança!

Renascer das cinzas e das trevas esquecido

"Local de divagações de vária índole. Política, Filosofia, Economia, Religião, Música, Cinema, mera escrita pessoal. Um conjunto de impressões individuais ao sabor da inspiração do momento, apenas com uma preocupação: o politicamente incorrecto, sinal de sanidade mental".

Com a citação do cabeçalho deste pequeno espaço de opinião pessoal, declara-se, pela segunda vez, renascido este espaço de partilha de pensamentos e divagações. Ao sabor do vento da inspiração, escritos e mais escritos irão aparecer por esta página sob a forma de reflexões, críticas, o que a escrita me der oportunidade de poder partilhar em gesto humilde de transmissão da minha total ignorância sobre o meu próprio conhecimento, intrínseco a uma qualquer espécie de sabedoria que mais não é do que a soma das partes da minha ignorância. Ou posto de forma mais simples: a minha sabedoria é uma pequena gota de água no meio do imenso oceano da minha ignorância.

Que o excesso de estudo no Mestrado não prejudique este espaço nem me mate o cérebro de inspiração literária. Que a inspiração nunca termine, pois a escrita é um repositório de esperança, desejos e, acima de tudo, tranquilidade de espírito. Um bem haja aos aventureiros e aventureiras que visitem este minúsculo espaço na blogoesfera e percam ligeiros instantes a ler o que este servo do estudo contínuo tenta transmitir em linhas de palavras mais simples do que as usadas nesta apresentação bacoca e sem sentido.