A Cinha continua a extender os seus tentáculos e a Arábia Saudita dá a sua mãozinha, ajudando a grande economia asiática com aquilo que mais necessita: o ouro negro. Em termos simples, a China vai solidificando as suas ligações diplomáticas e económicas, de forma a que o sue ritmo de crescimento continue imparável (mal-grado a inflação e a possível bolha imobiliária). Os EUA que se cuidem, a necessidade da Arábia Saudita de know-how e de equipamento militar não pode ser encarada como segurança de exclusividade de relações. Muita da geopolítica, da sua definição, do Séc.XXI irá passar pelo Médio Oriente.
Local de divagações de vária índole. Política, Filosofia, Economia, Religião, Música, Cinema, mera escrita pessoal. Um conjunto de impressões individuais ao sabor da inspiração do momento, apenas com uma preocupação: o politicamente incorrecto, sinal de sanidade mental. Der Hexenhammer - MALLEUS MALEFICARUM, Maleficas, & earum hæresim, ut phramea potentissima conterens
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domingo, 12 de dezembro de 2010
China a estender os seus tentáculos pela Arábia Saudita
sábado, 11 de dezembro de 2010
Curdistão: uma realidade ou uma quimera?
O histórico dirigente curdo fez o anúncio no discurso de abertura do 13º congresso do Partido Democrático do Curdistão (PDK, a principal força política da região), adiantando que os 1300 delegados presentes em Erbil serão chamados a pronunciar-se sobre “o direito à autodeterminação”.
Palavras que ganharam mais força por terem sido ditas na presença do Presidente iraquiano, o também curdo Jalal Talabani, do primeiro-ministro indigitado, o xiita Nuri al-Maliki, e de Iyad Allawi, líder da aliança secular vencedora das legislativas de Março.
Será mesmo um factor de desestabilização de uma região, já por si, fracturada?
Ao reafirmar a velha ambição curda, Barzani acrescenta um factor de desestabilização na já complexa situação política iraquiana, sublinhava a AFP.
Merkel e Sarkozy: alguém com uma ponta de bom-senso
A França e a Alemanha assumiram ontem uma posição comum contra um aumento do fundo de socorro do euro, a solução defendida pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para acalmar a especulação dos mercados financeiros contra os países mais endividados.
Esta posição foi assumida ontem por Angela Merkel, chanceler alemã, e Nicolas Sarkozy, Presidente francês, durante um encontro bilateral em Freiburg, na Alemanha, destinado a preparar a cimeira de líderes da União Europeia (UE) da próxima semana.
A seguir a estas declarações irão aparecer os arautos da irresponsabilidade, a berrarem que França e Alemanha não são solidários com os problemas dos "bebés" irresponsáveis da Europa do Sul. Uma coisa deve ser deixada clara: os Eurobonds são apenas uma protelação do problema, é o prémio para os irresponsáveis, é uma desresponsabilização inaceitável dos países periféricos que, nadados em dinheiro, gastaram-no onde não deveria ter gasto, deixando as reformas estruturais esquecidas a um pequeno canto.
Conferência de Cancún produz algo
Em textos de compromisso apresentados pela presidência mexicana da conferência, o acordo não fixa metas vinculativas de redução de emissões de gases com efeito estufa, seja para os países ricos ou pobres. Mas determina um objectivo de dois graus Celsius como limite para o aumento da temperatura média global até ao fim do século e cria um Fundo Verde Climático para os países em desenvolvimento, com promessas de 100 mil milhões de dólares (76 mil milhões de euros) anuais a partir de 2020.
Os textos foram aceites pelos cerca de 190 países representandos em Cancún, excepto pela Bolívia, cuja discordância protelou a discussão. Foi formalmente aprovado pelo plenário às 3h30 (9h30 em Lisboa).
Bem melhor que nada. Mas permanece a dúvida - até que ponto o aquecimento global existe mesmo e é mesmo fruto, apenas, da acção humana?
E parece que a Mossad anda ocupada a lançar tubarões para Sharm-El-Sheik
A vida decorre tranquila numa estância balnear, até que, um dia, uma série de ataques de tubarão lança o pânico na região. As autoridades tentam conter os danos, mas, logo a seguir, regista-se a primeira morte. Nessa altura, o alerta geral é dado e, enquanto os turistas são proibidos de entrar no mar, especialistas vindos de fora tentam perceber o que se passa.
Parece a sinopse do velho clássico Tubarão, mas é exactamente o que se passou na última semana em Sharm el-Sheikh, Egipto, uma das mais afamadas estâncias balneares e de mergulho do mundo. O primeiro susto já tinha acontecido dias antes, com os ataques a três turistas russos e um ucraniano, mas foi no domingo, dia 5, que a situação ganhou o dramatismo que nos traz à cabeça as imagens do filme de Steven Spielberg. O corpo de uma turista alemã de 70 anos deu à costa, com a perna direita dilacerada por dentadas de tubarão.
A cena foi horrível. "A água borbulhava como numa máquina de lavar. Eu andava aos tombos por entre o sangue. O tubarão continuava a golpear e a morder aquela pobre mulher e eu mal conseguia manter-me à superfície", relatou ao jornal The Guardian uma turista, Ellen Barnes, que estava na água quando se deu o ataque fatal. Mas isto não representou apenas uma escalada na violência: quando aconteceu, já a opinião pública estava a ser convencida de que os culpados tinham sido apanhados.
O turismo é uma fonte de receita essencial para o Egipto - emprega 11 por cento da população activa e, este ano, espera-se que faça entrar no país cerca de 8,8 mil milhões de euros. Dois terços deste total são gerados pelas estâncias balneares, contabiliza o Guardian. Por isso, não espanta que os ataques iniciais tenham dado origem a uma maciça caça ao tubarão nas águas do Mar Vermelho. A televisão egípcia divulgou imagens da captura de pelo menos um dos dois tubarões-de-pontas-brancas que teriam molestado os turistas.
Não eram eles. Ou, pelo menos, não eram apenas eles. E lá se vão as semelhanças com o filme, onde a vaga sangrenta se devia apenas a um tubarão "psicopata"... Especialistas internacionais apontam agora para a hipótese de haver outra espécie envolvida nesta vaga sangrenta: o tubarão-mako. E aqui a trama, como em qualquer filme de suspense, adensa-se. Tanto o pontas-brancas como o mako são tubarões de mar aberto e, por isso, raramente são vistos perto da costa. Por que razão estariam eles agora a caçar em águas pouco profundas, atacando, ainda por cima, seres humanos?
Hoje em dia tudo serve para acusar Israel de tudo o que acontece de mau pelos idos do Médio Oriente.... Há com cada uma...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
China e o seu difícil relacionamento com a Democracia
Yolanda Be Cool - We No Speak Americano
E uma boa noite
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Uma estranha solidariedade
“O que me aflige são as empresas que estão a distribuir dividendos para fugir aos impostos”, referiu, após uma entrevista pública promovida pela Universidade da Beira Interior num dos anfiteatros da instituição.
“Que Carlos César tenha feito essa medida compensatória com um ‘superavit’ para atender a situações de trabalhadores em dificuldade acho que revela sensibilidade social”, sublinhou.
“O que o nosso país precisa é de medidas de sensibilidade social”, destacou.
Naturalmente, não pode ser Presidente da República.
A triste realidade dos números e da nossa incompetência
Num relatório sobre as Previsões Económicas Mundiais para 2011, divulgado hoje, o Barclays Capital refere que “o mercado não reagiu positivamente ao plano de consolidação orçamental de 2011, que propõe reduzir o défice de 7,3 por cento este ano para 4,6 por cento”.
O banco acredita mesmo que Portugal irá continuar a enfrentar taxas de juro demasiado elevadas (de seis por cento ou mais) para se financiar nos mercados, pelo que não conseguirá inverter a trajectória de degradação das contas públicas. Em 2014, prevê, Portugal teria uma dívida pública equivalente a 100 por cento do PIB, bem acima, portanto, do limite de 60 por cento definido por Bruxelas.
Mais uma instituição que diz o óbvio que o Governo não quer admitir: mais cedo ou mais tarde, a nossa soberania será afectada pela nossa própria incompetência. É inadmissível que, se a previsão se concretizar, que a dívida pública seja equivalente a 100% do PIB. Será que a actual geração precisa de mais evidências para iniciar a sua revolta?
Cote D'Ivoire e uma normalidade democrática desejada
Ao fim de três dias de debate, durante os quais a Rússia se manifestou aparentemente compreensiva com o Presidente cessante, Laurent Gbagbo, que ainda não aceitou a derrota, o Conselho acabou por condenar nos termos mais enérgicos possíveis os esforços de “se subverter a vontade popular”.
Tendo em conta que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reconheceu o antigo primeiro-ministro Ouattara como Presidente eleito, o Conselho de Segurança pediu a todos os envolvidos no processo que respeitem o resultado do acto eleitoral, que decorreu em duas voltas, a última das quais no dia 28 de Novembro.
Aos poucos a Democracia vai solidificando o seu caminho, mesmo que seja pelos extremos tortuosos caminhos africanos, com os seus problemas étnicos e tribais.
Corrupção, a doença das doenças das Democracias
A conclusão que a instituição tira é de que os partidos portugueses escondem as suas contas. E recomenda a Portugal que "tome medidas para? garantir que se torne público de forma expediente as informações apropriadas contidas nas contas partidárias anuais e das contas eleitorais". A equipa de avaliadores explica porquê num capítulo dedicado à transparência: "Os partidos não estão obrigados a tornar públicas as suas contas e [a equipa] percebeu que, normalmente, é difícil obter esse tipo de informação", assinala o grupo de avaliação.
E sublinha ainda o facto de as contas eleitorais chegarem ao Tribunal Constitucional "na prática, habitualmente, muito atrasadas". Por isso, os redactores do relatório sentiram a necessidade de escrever que "acreditavam firmemente" que "a transparência das contas partidárias e eleitorais precisa ser consideravelmente reforçada, por forma a permitir o escrutínio da opinião pública, para lá da monitorização institucional".Mas os avaliadores não se ficam por aqui. Depois de constatar que "não há obrigação de divulgação [das contas de campanha] durante o período da campanha eleitoral", o relatório defen- de que a "transparência no financiamento eleitoral ganharia significativamente se fossem elaborados relatórios em intervalos regulares sobre financiamento, em particular durante a campanha."
Algo é claro depois da leitura deste estudo - a corrupção, tal como ela é definida na lei penal, simplesmente não serve para nada. Não tem aceptabilidade social, não tem correspondência com os casos concretos: a lei positiva não consegue erradicar algo que a sociedade deve entender como algo nefasto. Bem pelo contrário, a corrupção é vista como algo normal, algo "socialmente aceite", tornando-se na doença das doenças da Democracia. A corrupção apenas pode ser resolvida, não totalmente, mas na maioria dos seus problemas endémicos, se a sociedade for ensinada e ver a corrupção como algo mau. É preciso criar um mores maiorum na sociedade portuguesa, é preciso entender que a positivação da corrupção não resolve o problema: agrava-o, porque a corrupção, sendo algo endémico na política e na sociedade portuguesa, começa nos postos de cima, alastrando-se para os postos de baixo. Urge uma nova visão da sociedade, só assim a corrupção pode ser combatida; nunca por uma mera lei positiva sem correspondência com a realidade.
Um apelo sensato de Daniel Bessa
Daniel Bessa, economista e principal rosto da Cotec deixa nesta entrevista ao PÚBLICO um olhar pessimista sobre a crise da dívida soberana e sobre as perspectivas do país para o futuro próximo. Defende soluções radicais para atacar a falta de confiança dos credores, critica a inexistência de um plano coordenado para enfrentar a crise e deixa no ar uma dura reflexão: na actual conjuntura, a economia não só não consegue sustentar as políticas sociais como se aniquila nos seus custos.
Um aviso sensato, de um economista lúcido que não está preso aos dogmas das vacas sagradas do politicamente correcto - não criticar o Estado Social. O Estado Social que atira uma geração inteira, a nossa, para a pobreza irremediável. O Estado Social que é a imagem de uma geração arrogante, incapaz de perceber que o mundo dos anos 60 e 70 já não existe, e que as fundações do Estado Social estão pela hora da morte.
Ou existe uma profunda reforma da segurança social, associada a uma ainda mais profunda reforma administrativa e política, a geração actual - a nossa, a minha geração - não tem outra opção senão emigrar. Ou apelar a uma revolta pacífica, porque a geração do 25 de Abril está a matar o nosso futuro, dia após dia, ano após ano.
O sector exportador sustenta o doente em coma
Assim, o INE calcula agora em 1,4 por cento o crescimento no terceiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2009, e em 0,3 por cento o crescimento face ao segundo trimestre deste ano. Esta revisão em baixa acontece devido à “redução do contributo da
Variação de Existências, reflectindo informação relativa à óptica da produção, entretanto disponível”.
O crescimento homólogo de 9,2 por cento das exportações representa uma ligeira aceleração face aos 9,1 por cento do segundo trimestre e aos 8,7 por cento do primeiro, evidenciando o bem desempenho deste sector durante o ano.
Mais um sinal da evidência gritante - a economia portuguesa, para crescer sustentadamente, deve apostar no sector exportador de bens transaccionáveis. Caso contrário, o doente continuará em coma e ameaça morrer
O dinamismo das exportações foi acompanhado de um crescimento de apenas 1,5 por cento das importações, o que fez com que a procura externa líquida contribuísse com 2,2 por cento para a evolução do PIB. Mas a redução da procura interna em 0,8 por cento homólogos fez a variação homóloga ficar em 1,4 por cento.
O bom-senso volta a imperar
Esta resolução pretende assim clarificar que não haverá excepções na aplicação dos cortes salariais em 2011.
Infelizmente, foi preciso chegar a este ponto para que o bom-senso voltasse a imperar.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A culpa é sempre dos alemães
Numa entrevista ao jornal alemão Die Zeit, Juncker disse que a sua proposta “foi rejeitada ainda antes de ter sido estudada”, acrescentando que desta forma se criam “zonas tabu” que excluem as ideias dos outros.
Considerando que “a Alemanha tem uma visão algo simplista” destes assuntos, Juncker disse também que ao fazê-lo a maior economia da zona euro se portou “de uma forma anti-europeia”.
Para o presidente do conselho de ministros das Finanças da Zona Euro, as críticas da Alemanha de que a emissão de dívida em conjunto levaria a uma taxa de juro única são incorrectas.
Eis a questão fundamental: deve-se, ou não se deve, premiar os países incumpridores? Claro está, a culpa é sempre dos alemães, mas nunca de quem criou as condições para que os seus países estivessem num estado deplorável.
Juncker e o ministro das Finanças de Itália, Giulio Tremonti, propuseram esta semana a criação de uma Agência Europeia de Dívida. A ideia teve o apoio da Comissão Europeia bem como de Espanha e Portugal.
Já o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, mostrou-se contra, afirmando ao "Financial Times" que os governos dos países do euro devem continuar sob pressão dos mercados financeiros para sentirem a necessidade de fazerem uma gestão prudente das suas finanças públicas.
Pelos idos do Médio Oriente
A confirmação, que ocorre após dois meses de impasse nas conversações, foi feita por um dirigente da Casa Branca. “Após várias consultas chegámos à conclusão de que um prolongamento da moratória [à colonização] não constitui a melhor base para o reinício das negociações directas”, disse o responsável, que falou aos jornalistas sob condição de anonimato.
A anterior moratória, decretada sob pressão dos EUA, terminou a 26 de Setembro, já depois do reinício das negociações entre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. Israel deixou claro que não iria renovar a medida, muito contestada pela direita e grupos de colonizadores, ao que Abbas respondeu anunciando a suspensão das conversações.
O dirigente norte-americano explicou que os esforços de Washington se concentrarão agora nos “problemas centrais” do conflito, nomeadamente a definição de fronteiras ou a situação de segurança. “Tentaremos encontrar outras formas de renovar as negociações de paz”, explicou o responsável, adiantando que na próxima semana negociadores palestinianos e israelitas são esperados em Washington para “consultas”.
Será que o processo de paz no Médio Oriente está a caminho de um fim inevitável? Para o bem da região espera-se que não... Mais uma vitória do lobby israelita em Washington, haverá dúvidas? Os anos passam, mas as tradições permanecem
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
China, não somente pujança económica, mas também militar
O poder asiático não se resume a uma pujança económica baseada num sector exportador incomparável, e uma mão-de-obra extremamente barata (por vezes, explorada nas terras mais interiores). Também se deve falar de um poder militar chinês, que a este ritmo, não tarda poderá ser o poder dominante da região. Não haja qualquer tipo de dúvida, num horizonte temporal de 10 a 15 anos, o eixo mais poderoso em termos de importância geo-estratégica irá desviar-se para a Ásia e concretamente para a China. Os EUA que se cuidem....
Insólito e inadmissível
Perguntei a João Galhofo quantos vogais poderia ter o órgão que ocupa, dado o status quo descrito em RGA contrariar o disposto no artigo 43.º/1 dos E.A.A, e que o sujeito visado afirmou, em RGA, ser contradito por outra disposição que não soube nomear. Questionei, assim, João Galhofo sobre que enunciado normativo se trataria.
Da sua parte, obtive uma atitude inqualificável, que só a descrição pura dos factos poderá elucidar o leitor da dimensão:
Disse-me que não devia explicações, que se tinha dúvidas, que tivesse perguntado em RGA ou que perguntasse numa próxima. Rematou com um "agora já tens tema para o blog".
Se o conteúdo é, por si só, anómalo, complemente-se com expressões como "baixa a bolinha".
Vergonhoso, inadmissível, ridículo. Esta não é a postura que um aluno, democraticamente eleito, deve ter perante os alunos que representa. Especialmente, tratando-se de um órgão fiscalizador da AAFDL.
A demissão de João Pedro Correia Galhofo é um sinal de humildade democrática. Pede-se e reafirma-se, vincadamente, que a sua demissão é serviço prestado aos alunos.
Uma ideia jurídica interessante
As escolhas das Finanças
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
A brutal sinceridade alemã faz novamente das suas
Angela Merkel rejeitou hoje as propostas para a emissão de títulos de dívida pública europeus, afirmando que o Tratado de Lisboa “não permite euro bonds [emissão de títulos da dívida pública europeus], nem juros unificados, e isso eliminaria um importante factor da concorrência”, noticia a Reuters.
Após um encontro com o líder do Governo polaco, Donald Tusk, a chanceler alemã frisou que diferentes juros da dívida pública para cada país "são um estímulo" para que os países "se tornem melhores e cumpram as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento" da União Europeia (UE).
A Alemanha começa a ficar cada vez exasperada. Os Eurobonds seriam a prenda perfeita para os indisciplinados, seria o prémio para o desleixo, para a irresponsabilidade. Seria exportar o vírus do compadrio lusitano para o resto da Europa! Condenando-a ao mesmo destino faltal do nosso País.
Contas elétricas nacionais em permanente escuridão
Se isso tivesse acontecido, os consumidores receberiam uma notícia a que já não estão habituados: veriam a sua factura actual de energia descer entre quatro e 18 por cento.
Com a extensão da concessão das barragens à EDP, os concursos para as novas grandes barragens, para as centrais mini-hídricas e fotovoltaicas, o Governo arrecadou ou vai arrecadar nas próximas semanas um total de 964 milhões de euros, dinheiro com o qual acode à despesa do Orça- mento do Estado. Isto faz do negócio eléctrico e das energias renováveis uma fonte de financiamento apetecível. Mas esta coexiste com uma dívida acumulada nos anos de tarifas artificialmente mais baixas, que chegará a 1758 milhões de euros no fim do ano, e que está a ser paga com juros pelos consumidores - é o défice tarifário.
Não há contas oficiais para o cálculo da redução da factura eléctrica, mas contas apresentadas pelo presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em Outubro passado aos deputados ajudam a lá chegar. No Parlamento, Vítor Santos disse que o novo subsídio de 60 milhões de euros anuais às eléctricas, a chamada garantia de potência, representa um por cento da subida no preço da electricidade em 2011. Es- te novo custo é pago por todos os con- sumidores. Metade (quase cinco milhões) são domésticos e são estes que pagam os custos com a produção especial a partir de fontes renováveis. Os concursos para as centrais mini-hídricas e fotovoltaicas incluem-se especificamente nesta produção.
Caso revertessem para o sistema eléctrico apenas as contrapartidas financeiras destes dois concursos (110 milhões de euros), o défice tarifário caía seis por cento, o que permitia uma descida de quatro por cento da tarifa para os domésticos. Se a intenção fosse pôr também as receitas das grandes barragens, a grande hídrica, a contribuir, o défice tarifário global descia 55 por cento. Como esta não en- tra na produção especial e é paga por todos os consumidores, metade do benefício seria para os domésticos, que veriam a sua conta da luz descer, assim, 18 por cento, enquanto os médios e grandes consumidores da indústria e serviços tinham uma diminuição equivalente a 14 por cento.
O financiamento dos défices através de "portas travessas" é de uma utilidade política bastante duvidosa. Acreditando na veracidade dos números, os consumidores de energia, nós, meros cidadãos, podíamos estar a pagar menos na factura. As contas da electricidade nacional continuam a revelar um verdadeiro e aterrorizante "black-out". E assim vai Portugal, caminhando alegremente para o abismo.
P.S: Prós e Contras ao rubro... ao rubro com tanta sinceridade atroz que colocaria as orelhas de qualquer político a arder, e bem a arder...
Eis como se vive o futebol em Abu Dhabi
As diferenças culturais no mundo do futebol. E assim se deve manter, por respeito às particularidades de cada local do planeta. Desde que o bom senso permaneça...
O atraso constante dos sindicatos
Contestando "mais esta imposição" do Ministério da Educação, a Fenprof refere também que a tutela "pretende reduzir custos à conta de trabalho gratuito a desenvolver por profissionais a quem já foi decidido reduzir o salário e congelar as progressões na carreira".
Os sindicatos não conseguem parar a sua feroz incapacidade de se adaptarem às condições socio-económicas do país. Não estamos nos anos iniciais do Estado Social meus senhores!
Ths spoiled child still bothers his daddy and his foes [China e EUA trocam mimos sobre a Coreia do Norte]
Na actual situação, se não forem resolvidas apropriadamente, as tensões poderão aumentar na península coreana ou ficar fora de controlo, o que não será do interesse de ninguém”, afirmou Hu, de acordo com uma declaração do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. “A tarefa mais premente no presente é lidar calmamente com a situação”, adiantou.
Esta foi a primeira vez que Hu e Obama falaram desde que a Coreia do Norte atacou uma ilha sul-coreana, há 13 dias. As palavras do líder chinês foram interpretadas como uma tentativa de mostrar que Pequim não alinhou com Pyongyang, apesar de não ter condenado o ataque, refere a Reuters.
A "spoiled child" continua a ter a protecção do seu mestre ideológico e político. Vejamos até quando, por mais pacientes que seja o politburo chinês, não há ninguém que aguente uma fronteira permanentemente desestabilizada, ameaçando-se tornar-se ainda mais bélica se conseguir a bomba nuclear. Os chineses arriscam o seu pragmatismo...
Eis como Putin até é alguém que percebe da coisa
Porque é que isto não constitui surpresa alguma? Eis a razão pela qual Vladimir Putin nem se deu ao trabalho de ir a Zurique, simplesmente já sabia que ia ganhar. Pobeda!!
Parece que estamos em boas mãos! (Ou definitivamente não...)
Em relação ao ministro português, que é o quarto a contar do fim da lista, o jornal britânico nota apenas que “alguns críticos acusam-no de responder demasiado lentamente à crise que se desenrolava”, enquanto outros “questionam qual a influência que ele tem”.
Em pior posição do que o ministro português surgem apenas ministros também de países em dificuldades. O da Hungria, que foi alvo de uma intervenção da EU e do FMI quando se declarou a crise financeira, a de Espanha e o da Irlanda, que é o último. A surpresa é o honroso oitavo lugar do ministro grego, que obteve a melhor pontuação de todos no que respeita à capacidade política.
Se apenas atentarmos ao mérito, segundo instâncias internacionais, estamos muito mal entregues. Enfim, apenas a constatação da realidade de que o excelso Primeiro-Ministro deste burgo plantado à beira-mar passa a sua incompetência aos restantes membros do Governo, como se de um vírus se tratasse. Ai ai, se os mercados vêem este ranking...
P.S: Ministro grego em oitavo lugar, e em primeiro no ranking de capacidade política. Lá está, como sempre dizem, "Portugal não tem nada a haver com a Grécia". Vê-se...
domingo, 5 de dezembro de 2010
Côte D'Ivoire e a difícil convivência com a Democracia
Gbagbo was sworn in as president on Saturday even though the electoral commission declared Ouattara the winner, according to provisional results ratified by the United Nations.
E assim vai um pequeno pedaço de África. O problema típico de África, uma Democracia que teima em não instalar-se efectivamente, minada por projectos pessoais, ou lutas entre etinas ou tribos. Será que ainda vemos hoje em dia os efeitos de fronteiras traçadas ao sabor das antigas potências coloniais à mais de 100 anos?
sábado, 4 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Uma visão crítica sobre a Política - Um Breve Ensaio
A Política deve ser baseada na confiança, confiança da comunidade nos decisores políticos que ela próprio elegeu, acreditando na sua palavra e no mérito das suas propostas. Sem confiança, o palco político transforma-se num feudo de interesses privados que se sobrepõe ao interesse da colectividade, a um feudo onde se sobrepõe os jogos de interesses e as intrigas susurradas pelos corredores. Um bom governante, um bom político, um bom líder de uma estrutura representantiva, deve ser aquele que fala a verdade a quem o elegeu, a quem ele representa. Deve ser humilde assumindo os seus erros de forma sincera, sem nunca esconder a verdadeira face dos problemas ou as verdadeiras consequências das soluções. Acima de tudo, deve transmitir confiança aos indíviduos que vêem nele um aspirante a defender os seus direitos. Confiança essa que, acima de tudo, baseia a atribuição de poder, ou seja, de responsabilidade, a uma pessoa para que ele ou ela prossiga os interesses da sociedade a que pertence.
No fundo, é a confiança que funda o poder de um líder, e é a falta dela que lhe retira esse mesmo poder. No fundo, um titular de um órgão com responsabilidades deve permanecer apenas e unicamente enquanto a comunidade lhe concede confiança para resolver os seus problemas. Sem essa confiança, sem esse mérito, a detenção do poder torna-se contra os interesses da colectividade, devendo sair e dar lugar a quem o conjunto de indíviduos mostra que tem confiança. A Política é a mais nobre arte de serviço à comunidade, não pode compactuar com o jogo de interesses, nem com meras politiquices partidárias ou ódios pessoais. É um conjunto de direitos que devem ser defendidos que está em causa, direitos esses que estão intimamente ligados à legítima expectativa de uma sociedade, de um conjunto de indivíduos, de uma colectividade com legítimas aspirações e legítimas frustrações. Assim, quem detém o poder, quem quer que ele ou ela seja, deve atender única e exclusivamente ao interesse público e nunca aos interesses privados deste ou daquele aluno; deve sempre atender única e exclusivamente à defesa do interesse geral, nunca do interesse particular; deve sempre atender ao bem-geral da colectividade, prossegui-lo e melhorá-lo, para que a sociedade sinta que o titular do Poder.
Concomitante com estes deveres, o líder político deve ser o referencial da Democracia, do pluralismo e da liberdade de expressão. Deve ser ele ou ela, o primeiro a dar o exemplo, rejeitando qualquer forma de autoritarismo que retire a mais pura das liberdades: a liberdade de expressão e, ligado a esta, a liberdade de participar activamente na vida política da Faculdade. Este é outro dos referenciais pela qual a sociedade concede, ou não, a confiança que funda o Poder que o titular do órgão detém durante o seu mandato. A confiança gera liberdade, a liberdade gera participação política, a participação política maciça gera formas democráticas de actuação e de decisão. Qualquer sintoma de autoritarismo que viole estas premissas fundamentais, afecta profundamente a confiança transmitida pela colectividade e, com isto, põe em cheque a sua actuação como titular de poder que tem como objectivo o bem da comunidade. A Democracia não é um mero cliché político que é brandido como se fosse uma mera bandeira, é um objectivo de actuação, deve ser o referencial do comportamento de cada decisor político munido de Poder. Como tal, deve ser cultivada, seguida e incentivada em cada actuação política que tivermos. Assim, um bom Goveno é aquele que deve dar o exemplo, ser democrático e incentivar ao reforço da Democracia, quer no contacto com os indivíduos quer com movimentos opostos de contestação. Movimentos esses perfeitamente normais, a riqueza da Democracia constrói-se na sua pluralidade democrática e participativa, na vivacidade política e activista dos seus actores mais prestigiados e dos mais desconhecidos. Um bom Governo, em termos políticos e sendo um dos referenciais de avaliação, é aquela que convive pacificamente com a oposição, que aceita as suas críticas com toda a naturalidade e maturidade democrática e que trabalha afincadamente para lhe retirar todo e qualquer espaço de crítica. Porque, se o faz, e o faz bem, então está a ter um bom mandato e a merecer a confiança concedida pelos eleitores.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
One (Your Name) [Vocal Mix] - Swedish House Mafia feat Pharrell Williams
Para um bom descanso no sofá...
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Em honra a Eduardo Serra - Defiance
Mais um grande trabalho de Eduardo Serra, a juntar ao meu preferido, "A Rapariga com Brinco de Pérola"
A sonolência deprimente de um congresso partidário
Por vezes, as coisas passam pelos nossos olhos, à sua frente, e nem reparamos que assim acontece. Um desfile contínuo de personagens, de pessoas com sorrisos cinicamente afectuosos. De olhares que fitam as pessoas que sabem que conhecem, mas que reviram para o lado porque não dá jeito cumprimentar. No fundo, ver estes pequeníssimos acontecimentos, vistos de fora, apenas aumentam o descrédito pela Política. Nada pode ser pior do que os meros jogos politiqueiros, de politiquices, enfim, todos eles sinais de um cada vez mais afastamento da classe política da sociedade em geral.
Por vezes, custa ver que a constituição de listas partidárias, quaisquer que elas sejam, de qualquer partido ou juventude partidária, muitas das vezes, mas não sempre, são preenchidas por meras amizades políticas, sem ter em conta o mérito intrínseco que devia existir. Isto é, a constituição de listas políticas, as pessoas que irão representar este ou aquele eleitorado, deviam ser compostas unicamente pelo mérito, e não por conveniências partidárias ou políticas. Ver esta ou aquela surpresa, este ou aquele movimento, ou conjunto de acções ou omissões, apenas podem aumentar o grau de descrédito, o grau de desconfiança, porque parece tudo um mau remake de um péssimo filme. Os tão afamados boys são um cancro que mata a vida política e a confiança da sociedade na democracia; são a face de um sistema de interesses privados instalados que abafa o interesse público.
Incompatibilidades, eis uma palavra muito pouco pronunciada ou sequer levada a sério. Incompatibilidades, o mecanismo que, se se mostrar eficaz, pode salvar a política e os partidos da balcanização constante de pequenos sectores que vivem à luz do aproveitamente privado dos lugares do Estado. Incompatibilidades, uma realidade que deve ser posta em prática, da forma mais eficiente, mais dura, mais firme, para que a credibilização da Política seja um facto que começa a ser adquirido, lentamente e com tempo. Espera-se que a sonolência deprimente de um congresso partidário não seja um mau pronúncio.
Relatos da Coreia do Norte [parte 4]
Relatos da Coreia do Norte [3ª parte]
North Korea's official Korean Central News Agency reported that the country's military command would continue strikes against the South if it violated their sea border by "even 0.001 millimeter".
In the broadcast, the newsreader also suggested that the South Korean army had fired the first shots ahead of the North's attack on Yeonpyeong.
Recomenda-se vivamente o filme de propaganda! Infelizmente, sem legendas, mas as imagens valem por si! Três minutos de pura gargalhada
Relatos da Coreia do Norte [parte 2]
Living with Kim Jong-il's family
Former chef of North Korean leader Kim Jong-il speaks about the reclusive leader's sons, including the heir apparent Kim Jong-un.
Relatos da Coreia do Norte
The clip ends with the unidentified woman yelling: "This cop is an idiot!"
Como diria Bernadino Soares, estamos perante uma democracia. Enfim, sem palavras...