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domingo, 24 de maio de 2009

Estrela Cadente

Uma estrela cadente rasga o céu, a noite ilumina-se com um feixe de luz luminoso. O vento sopra numa brisa arrepiante transportando o fresco da vida num ritmo vagaroso, o ritmo intemporal do destino sem fim. As estrelas brilham lá em cima, no alto da sua imensa distância para a alma mundana e ordinária da raça humana. Um espelho de inexorabilidade, de sonhos destruídos por uma racionalidade diminuta, fruto de um romantismo que tudo apaga e tudo constrói, numa utopia rodopiante e esmagadora sobre a sua própria base fundamentadora. As estrelas observam, cativam, iluminam, constroem pensamentos, abalam sentimentos, matam certezas, pulsam um destino no seu pequeno ponto luminoso perdido entre tantos. Um romantismo isolado na sua própria ilha, um mar distante e invisível de racionalidade perdida pela força de um vento, um vento que simplesmente leva e se deixa levar para lugares recônditos, distantes, apenas e unicamente desconhecidos, o medo do mistério da novidade. Ciclos viciosos que não se apagam com os erros, apenas se adensam com cada gota de sofrimento, uma navalha afiada e gélida que raspa sobre a pele desenhando linhas tortas e desconexas, o caminho tortuoso de um amor romântico apenas alimentado por um vento apenas conhecido e visto pelo coração atingido pela adaga mortal. As estrelas continuam a brilhar, a noite passa lânguida com um sorriso cínico escondendo atrás do manto da escuridão vidas paralelas, caminhos impossíveis e atalhos incompreensíveis. A solidão revela um estado de alma, um estado de espírito necessário até uma nova descoberta aparecer, escondida pelo cobertor da noite.

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