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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Semana Introdutória - Trakai

27 de Agosto, semana introdutória... Depois de termos sido doutrinados com a ideia de que esses dias seriam inteiramente de borla, a dura realidade impôs-se: de facto, era mesmo preciso pagar a viagem.

Trakai, cidade perto de Vilnius, a poucas dezenas de quilómetros de distância, na direcção sul, primeira capital da Lituânia. Aglomerado pequeno e pacífico, onde a interioridade báltica se faz sentir na arquitectura das casas e nas parcas pessoas que passeiam. Expresso estacionado, primeira paragem a pé perto de um lago e de um aprendiz de porto. Uma larga extensão de água, onde antigamente várias ilhas existiam, mas actualmente, apenas uma se destaca, aquela onde o castelo está situado. Na espécie de porto, que porto não parece, mas apenas uma paragem de barcos com um passadiço circular em madeira, um ou outro barco param à espera de clientes para a outra margem do lago; ou pequenas gaivotas para que um ou outro aventureiro passeiem. Águas calmas, sem qualquer margem de perturbação, uma ponte ao fundo que indica o caminho até ao castelo. Caminhamos para lá, ao lado direito amontoam-se bancadas de âmbar, uma espécie de religião no Báltico e vejo lembranças que te trazem à minha memória. No final do caminho da ponte, um pequeno trilho na ilha intermédia, e só depois da segunda ponte é que se encontra alguma coisa digna do nome "porto".

Um castelo com o seu tamanho apreciável, tijolo sempre na cobertura, e torres com tecto circular. Pequenas entradas nas torres para a defesa e uma porta de entrada com aspecto de segurança. No fundo, arquitectura exponencial no meio de um lago aparentemente inacessível à passagem de um largo exército. Antes da entrada, a um dos cantos, um pato branco e patos pretos num mergulho familiar. O interior do castelo, na primeira imagem, apresenta um pátio central vazio de instrumentos e alimentado por uma ou outra imitação de julgamentos. De lado, pequenos edifícios contínuos, divisões várias, com objectivos militares. Continuamos na visita guiada e chegamos à segunda parte do castelo, onde o espaço é infinitamente menor. Arquitectura quadrada, geometricamente quadrada, onde a altitude ganha ao espaço horizontal. Três andares visitáveis, contando com o pátio interior, e um quarto andar aparentemente não visitável. Para trás de nós, fica um fosso largo onde, antigamente, águas e crocodilos esperavam pelos exércitos invasores. Dentro da segunda parte, várias salas nos mostram como era a vida no tempo do Grão-Ducado da Lituânia, na sua máxima expansão. Peças de joalharia, bonecos imitativos da roupa da época, simulação do quarto do Grão-Duque, pequenas divisões onde se tem o pensamento como uma corte vivia num espaço tão pequeno.

Final da visita, tempo livre para cada um fazer o que bem entender por aquele espaço. Uma visita à prisão do castelo, à loja interior e, saído do castelo, pela zona envolvente. Do lado esquerdo encontra-se um jardim, pequeno e natural, mas sem muito interesse. Mais à frente, depois de duas pontes, as barracas de âmbar. Vejo, observo e encontro aquilo que procurava sem saber que buscava: algo para ti, sentindo as saudades, prendas especialmente para ti.

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