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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Berlim - 21 de Agosto

Segundo dia em Berlim, segunda caminhada de quilómetros e quilómetros pela capital europeia por excelência. Deixámos para trás a história de Bradenburgo; o modernismo da cúpula de Norman Foster; a magnificência de uma estação de comboios; e apenas nos preocupámos em seguir para Berlim Ocidental.

Primeira paragem: estádio olímpico. Nuvens cinzentas com um ar carrancudo ameaçavam aquilo que mais tarde se concretizou, uma chuva miudinha tão ingénua mas presente o suficiente para estragar as mais insignificantes conquistas tecnológicas. Campeonato do Mundo de Atletismo, acontecimento importante mas que nos impediu de circundar o estádio remodelado. Apenas se pôde ver pela periferia, estar perto da mesma entrada de 1936; enfim, fotos da praxe de meros turistas.

Segunda paragem: Schloss Charlotenburg. Boa questão filosófica: será um castelo ou quiça um palácio? Forma de castelo não terá com certeza, formato de palácio assim parece ter; porém nome de castelo e forma de palácio, apenas duas contradições no meio de uma simples avenida e um edifício de tamanho, digamos, vá apreciável. Antes de lá chegar, mais uma boa caminhada, mais uma prova de que as distâncias em Berlim são de outro mundo. Ruas calmas, ladeadas por casas ao bom estilo oitocentista, imagem de uma riqueza já apreciável; silêncio e uma calma extremamente relaxante. Na volta, finalmente pensei eu, a oportunidade de provar e deliciar-me com um verdadeiro Doner Kepab.

Terceira paragem: Na verdade não é uma paragem, na verdade foi mais uma valente caminhada em direcção à pousada. Sentia a necessidade de falar contigo, tinha que ser, não podia demorar mais. São as saudades de um coração apaixonado que me fizeram distrair-me de Berlim. Não antes sem visitar o único troço que resta dele, aquele muro que separou dois mundos, duas concepções diferentes de ver a personalidade humana, o Direito, a vida, a Defesa, enfim, tudo e mais alguma coisa. A chuva ameaçava cair, com ameaças constantes, mas nada impede uma visita demorada e prolongada, observando com atenção aqueles frescos modernos: pinceladas de História, de mensagens, por artistas conhecidos que aos meus olhos são perfeitos estranhos.

Quarta paragem: Uma paragem que se revela mais uma caminhada, na verdade a última. Saímos em Wittenberg Platz e num instante ela desenha-se aos nossos olhos: a catedral destruída pela geurra e nunca reconstruída. Ao lado dela, uma parvoíce arquitectónica, um estilo moderno que insulta frontalmente a História perpetuada naquela igreja semi arruinada. Ao nosso lado, à medida que caminhávamos, desenrolava-se as avenidas mais caras, o centro económico de Berlim. Mais um pouco e numa viragem à direita entrámos na Strasse des 17.Juni, uma das maiores de Berlim, ladeada a todo o comprimento pelo TierGarten. Caminhamos apenas com um objectivo, ver o obelisco com a estátua de ouro no cimo; mas rapidamente o Rodrigo lembra-se de um novo objectivo: o Hooters. Como explicar... Um restaurante ao bom estilo americano com as empregadas de t-shirt apertada e calções ainda mais curtos. Cheio? Pois claro, uma festa da mangueira, que outra coisa seria de esperar... E que mais? Lá teria que haver a foto da praxe dele com a empregada. Pois claro...

Quinta paragem: Uma caminhada a contra-relógio, em direcção a Schonenfeld para irmos buscar o terceiro português. O que dizer? Nada de especial, fica para o próximo post. Afinal, está na hora da primeira aula em solo lituano: Labour Law... Nunca mais chega a noite, aquela altura em estou em contacto contigo, momentos em que as saudades encontram um porto de abrigo, mesmo que estejas longe, demasiado longe...


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