Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Varsóvia - 22 de Agosto

Varsóvia Centralna, primeira imagem da Polónia diária. Uma estação de comboios subterrânea, com paredes velhas e um homem de estatura baixa empurrando um carrinho de aeroporto, falando em polaco e convidando-nos para transportar as nossas malas. Recusamos, passam dezenas de segundos, vem um segundo homem na nossa direcção oferecendo boleia no seu táxi. Olhamos uns para os outros, sem perceber pévia de polaco, e recusamos, com intenções de sair dali para fora. Subimos as escadas rolantes e deparamo-nos com um mundo novo, extremamente novo.

Primeira impressão: corredores subterrâneos, parecem mini estradas secundárias minúsculas e estreitas de um bunker, de paredes cinzentas monocolores e tristes; ladeadas por comércio e espécie de balcões de bancos e balcões de câmbio de moeda. De vez a vez aparece uma loja mais escura, vidros fumados, porta entreaberta e vemos slot machines. Mais tempo passamos lá, sem sabermos para onde ir, apenas eu com um papel da mão com a morada e as direcções para a pousada escolhida em Berlim, e vemos cada vez mais vidros fumados. Apenas lojas que ajudam a tornar aqueles corredores num submundo estranho.

Segunda impressão: encontrar alguém a falar Inglês na Polónia é tão raro como o Sol andar à volta da Terra. A palavra "impossível" encontra o seu significado mais chato e interessante. Andamos às voltas e voltas, sempre a ver etiquetas em polaco, em placares soviéticos que funcionam à base de pequenas folhas que giram e, de repente, vemos as escadas que procurávamos. Subimos e Varsóvia desvenda-se aos nossos olhos.

Terceira impressão: A herança dos edifícios magnificentes e opulentos aos velho estilo soviético. Primeiro edifício que nos contempla, uma altíssima torre enfeitada por um relógio no topo e um corpo de aço que se estende até à base, alargando sempre e tornando-se imponente. Uma imponência em tamanho, soviética. Do outro lado da avenida, espaçosa, um Hard Rock; a entrada principal da estação e à nossa frente uma praça de táxis. Não sabemos onde fica a pousada, decidimos negociar um táxi, 10 Zlotys. Mais tarde, no dia seguinte, descobrimos que fomos chulados à grande. Vamos para a pousada, pelo caminho indicado no caderno do Ró(o meu perdeu-se numa simples igreja perto da AlexanderPlatz), subimos as escadas com 20 ou mais kg às costas, e tratamos do nosso alojamento. Para trás de nós ficava a primeira impressão de uma capital europeia de um antigo país soviético, ainda atrasado: o raio dos edifícios são mesmo altos como o caraças. À nossa frente, depois de aberta a porta do quarto, apercebemo-nos que vamos dormir, literalmente, no céu. Mas isso não é algo novo para mim, porque contigo o céu é a minha casa, é a minha felicidade eterna na sua durabilidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário